Josef Hoflehner nasceu em 1955 em Wels, na Áustria, país das estonteantes paisagens montanhosas e dos tão instagramáveis lagos. Aos 20 anos, e já na África do Sul, abandonou o emprego “das 9 às 5” que tinha em Joanesburgo e iniciou uma viagem por aquele país enquanto ia experimentando e a sua recém-adquirida câmera.
“Gosto de espaços vazios“, afirma recorrentemente Josef Hoflehner, de alguma forma justificando o facto de não ver no seu país de origem um assunto preferencial para as suas obras. “Gosto de misturar ou mudar o meu estilo com frequência e fazer experiências com foco e tempo. De alguma forma, são as paisagens aparentemente mais desoladores que têm maior impacto em mim.”



Nada é orquestrado! Hoflehner gosta de esperar pelo momento certo e recorre muitas vezes às longas-exposições. É sobretudo reconhecido pelo facto de transformar uma paisagem simples e aparentemente desinteressante, numa obra de arte capaz de renovar a imagem que temos de cenários demasiado conhecidos e reconhecíveis para “serem” extraordinários.



Hoflehner ficou sobretudo famoso pela série “Jet Airliner” realizada entre 2009 e 2011 em St. Maarten, e pela série “Frozen History” ( 2002-2003), que documenta os centenários abrigos dos pioneiros polares Scott e Shackleton, congelados no tempo, na Ilha Ross, na Antártida. Há contudo muito mais na obra de Hoflehner, e reduzir os seus interesses a duas séries, seria absurdamente redutor.



Hoflehner é hoje representado pelas principais galerias de arte, e as suas impressões podem ser encontradas num número crescente de colecções públicas, privadas e corporativas, um pouco por todo o mundo.
Possui mais de 50 exposições individuais e foi motivo de destaque no Wall Street Journal, no L.A. Times, no Süddeutsche Zeitung, na Newsweek e no Financial Times. Descubra mais acerca da obra de Josef Hoflehner em josefhoflehner.com.






Ao longos dos últimos 10 anos dediquei praticamente todos os momentos livres à fotografia que, por imposição de valores mais altos, não possuo como educação formal. Químico por (de)formação, tento partilhar um pouco mais desta paixão aceitando o convite de escrever uns rabiscos aqui no EFE.