No final de fevereiro já praticamente só os representantes da Koelnmesse GmbH, entidade responsável pela Photokina, acreditavam (ou queriam muito acreditar) que o evento que deveria ter lugar entre 27 e 30 de maio deste ano, iria ser uma realidade.
O comunicado da altura, realizado em Colónia, na Alemanha, insistia que, pelo menos aparentemente, não haveria razões suficientes para cancelar a feira. Nessa altura já o número de casos de COVID-19 tinha disparado em Itália e eventos de grande dimensão como o MWC em Barcelona e o CP+ no Japão, tinham sido cancelados.

Demos nota que seria “compreensível” que existisse alguma pressão no sentido de que o evento se realizasse, sobretudo se considerarmos que a última edição ocorreu, não no ano passado, como previsto, mas já em 2018. Nesse ano a Photokina anunciou um formato anual, mas de apenas 3 dias, contudo, a feira de 2019 foi cancelada e 2020 seria a primeira edição de um evento anual.
Não tendo lugar este ano, a Photokina sofre um considerável golpe nas suas ambições. Lembramos que já em meados de setembro de 2019, muito antes de qualquer questão relacionada com o COVID-19, se confirmou que Leica, Nikon e Olympus não estariam presentes no evento. No final do ano, logo no início de dezembro, a própria organização confirmou que Canon, Panasonic e Sony estariam presentes no evento de 2020, renovando uma expectativa que, poucos dias depois, sofreria novo revés com o anúncio da ausência da Fujifilm.
Ficou ainda praticamente definido que a próxima edição da Photokina terá lugar de 18 a 21 de maio, mas de 2022, dando assim tempo suficiente para a indústria e para a própria organização se colocarem, ainda mais uma vez, de pé. Só o tempo poderá esclarecer se isso virá realmente a acontecer, mas muito honestamente e nesta altura, o que menos preocupar o mais comum dos mortais são feiras e eventos de natureza semelhante. Pode ler o comunicado na integra no site da Photokina.
Quanto que efectivamente importa: Mantenham-se seguros. Fiquem em casa. Vamos conseguir ultrapassar este período difícil.

Ao longos dos últimos 10 anos dediquei praticamente todos os momentos livres à fotografia que, por imposição de valores mais altos, não possuo como educação formal. Químico por (de)formação, tento partilhar um pouco mais desta paixão aceitando o convite de escrever uns rabiscos aqui no EFE.